Dos primórdios da civilização onde o homem se alimentava do que encontrava na natureza até os dias atuais, muitas coisas mudaram. Hoje em dia, procuram-se alimentos que além de suas funções nutricionais, também possuam funções fisiológicas com ação na promoção de saúde e prevenção de doenças. Logo, a qualidade de vida está associada à qualidade da dieta que se consome. Assim surgiram os alimentos funcionais ou nutracêuticos, uma nova concepção de alimento que têm como objetivo fornecer energia para o corpo, uma nutrição adequada e auxiliar na redução e prevenção de diversas doenças, produzindo benefícios à saúde e aumentando a expectativa de vida.
Dentre os alimentos considerados funcionais pela ANVISA encontra-se o Psyllium.
Originário do Oriente Médio e da Índia, o Psyllium é conhecido popularmente como ispagula, plantago ou zargatona da índia e pertence à família Plantaginaceae.
Seu uso foi popularizado com o advento dos árabes e persas na Índia e começou a ser utilizado pelos europeus no início do século XIX.
O Psyllium apresenta em sua constituição polissacarídeos mucilaginosos capazes de atrair água formando um gel que apresenta a propriedade de aumentar o volume e melhorar a consistência do bolo fecal. Fezes hidratadas e com volume adequado estimulam naturalmente o trânsito do intestino, aumentando o número de evacuações e diminuindo o desconforto. Assim, pode se prevenir ou aliviar constipações e hemorróidas causadas por esforços durante a evacuação.
O Psyllium ajuda a melhorar a prisão de ventre, fator de risco para o câncer de intestino.
O Psyilium, além de normalizar o trânsito intestinal, porque capta água e aumenta o tamanho do bolo fecal, também elimina os ácidos biliares, reduzindo com isto os níveis de colesterol. No estômago, liga-se a água e aumenta o tamanho, proporcionando um atraso no esvaziamento gástrico aumentando a sensação de saciedade. Por isso é indicado como complemento em dietas de emagrecimento, tendo em vista que sua ingestão antes das refeições favorece a um aumento na sensação de saciedade, bem como se liga a moléculas de carboidratos simples impedindo sua absorção a nível intestinal.
Psyllium: ferramenta adicional no tratamento da obesidade.
Além disso, o consumo de fibras pode ser benéfico para diabéticos, pois as fibras adsorvem os açúcares simples, diminuindo a sua absorção pelo intestino e a velocidade com que esses carboidratos passam do estômago para o duodeno e, conseqüentemente, prevenindo aumentos rápidos da glicemia. O aumento da quantidade de fibras na dieta do diabético pode permitir a redução de suas necessidades de insulina. Torna-se contra-indicado, o uso do Psyllium, em casos de Diabetes mellitus quando o ajuste de insulina é difícil.
Alimentos ricos em fibras vegetais mantém a regularidade intestinal.
É muito importante assegurar uma adequada ingestão de líquidos quando se administra Psyllium (pelo menos 500 ml de água a cada dose). Sendo, contra-indicado em casos de estenose do trato
gastrintestinal, na obstrução ou ameaça de obstrução intestinal e em casos de cólicas abdominais de origem desconhecidas. Em raros casos, reações alérgicas podem ocorrer.
Concluindo, o Psyllium é uma ferramenta adicional na alimentação de pessoas que apresentem problemas de função intestinal, devido a sua capacidade laxativa, ou pessoas que estejam ingerindo dieta de baixas calorias e com isso necessitem aumentar a saciedade.
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